Exportação tem alta de 11,21% na região



No Grande ABC, os primeiros cinco meses do ano registraram alta de 11,21% nas exportações, frente ao mesmo período de 2016, arrecadando US$ 2,05 bilhões. As importações também cresceram, registrando US$ 1,45 bilhão para as sete cidades. Deste modo, a balança comercial (valor das exportações menos as importações) ficou com saldo positivo de US$ 600,65 milhões – 12,05% a mais do que no intervalo anterior.

“A balança positiva é importante, mas também é necessário que as importações cresçam proporcionalmente, pois indica que o consumo interno está aquecido, uma vez que há a entrada de insumos para a manufatura e de outros produtos que não são encontrados no País”, aponta o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero.


As informações foram levantadas pela equipe do Diário, com base nos dados MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Com sete montadoras, “a região é muito dependente da indústria automobilística, por isso sua postura dita o futuro da economia local”, afirma o especialista em finanças pessoais e professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Silvio Paixão. O setor tem aumentado o ritmo de exportações a fim de driblar a crise.

Como resultado, dados do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) apontam que a indústria regional diminuiu em 51% o ritmo de demissões em maio, se comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Para se ter uma ideia, nos primeiros cinco meses deste ano, a exportação de automóveis cresceu 61,8%, comparado com o período em 2016. No total, foram mais de 300 mil veículos, conforme dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Entretanto, Balistiero explica que exportar é uma saída a curto prazo ante a retração do mercado interno e não indica a retomada econômica. “As consequências das exportações que estão iniciando neste ano poderão ser notadas daqui, aproximadamente, cinco anos”, ressalta Paixão. “Estas empresas começam a obter ganhos com a exportação a partir do momento em que esta atividade esteja incorporada à sua rotina”, completa.

A Argentina continua sendo a principal parceira da região, comprando US$ 865 milhões na temporada. Em seguida, estão México (US$ 187,2 milhões) e Estados Unidos (US$ 122 milhões).

CRISE POLÍTICA
 Apesar da turbulência em Brasília, causada pela delação envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB), Balistiero atesta que o mercado vê o governo de forma distante e os impactos deste fato na balança comercial são nulos. “A crise afeta apenas os setores dependentes da aprovação das reformas da Previdência e trabalhista.”
Fonte: Diário do Grande ABC
 
Flavia Kurotori

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