Imunoterapia combate os linfomas


A recente exposição do linfoma no cenário nacional traz um grande benefício para a população: a importância e disseminação dos sinais e sintomas da doença, fundamentais para a detecção precoce, que amplia, e muito, as chances de cura.Como os linfócitos são encontrados em qualquer parte do corpo, os linfomas podem se iniciar também em qualquer região, sendo a manifestação mais frequente o aumento do tamanho destas estruturas - os linfonodos. Assim, na maioria das vezes o paciente apresenta nódulos na região lateral do pescoço, nas axilas ou na virilha.Normalmente os nódulos são indolores, de crescimento progressivo e com consistência firme (semelhante a borracha), ao contrário do que ocorre quando o aumento dos gânglios linfáticos é determinado por um processo infeccioso.Os linfomas podem ser acompanhados de outros sintomas como febre, perda de peso, suor profuso à noite, coceira no corpo, palidez e cansaço. "O diagnóstico, no entanto, somente pode ser realizado através de uma biópsia e do exame do material por um médico patologista", afirma Dr. Carlos Chiattone, presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH).Como os linfomas ainda são pouco conhecidos da população, a ABHH realizou uma ação em todo território nacional para marcar o Dia Nacional de Conscientização do Linfoma, transcorrido no último dia 15. "Precisamos divulgar as manifestações mais comuns para que o paciente possa procurar atendimento mais precocemente", relata Chiattone, chefe da disciplina de Hematologia e Oncologia da Santa Casa de São Paulo.Para que a cura seja possível nos casos mais comuns de linfoma, que correspondem a 80% dos casos da doença no mundo ocidental- os chamados linfomas de células B -, habitualmente não deve ser feito apenas com quimioterapia e radioterapia.Denominada de imunoterapia, este tipo de tratamento inovador atinge seletivamente as células linfomatosas e detém a multiplicação das células malignas. A imunoterapia no tratamento do linfoma alia o anticorpo monoclonal chamado MabThera (rituximabe), aos regimes de quimioterapia tradicionais."É consenso mundial que a utilização do rituximabe associado à quimioterapia, aumenta consideravelmente as chances de cura dos pacientes com linfoma de células B. A chegada deste tratamento, há 10 anos, foi um marco na cura da doença. Destaca -se os tratamentos dos linfomas difuso de grandes células B, do folicular, da zona do manto e, mais recentemente, da leucemia linfocítica crônica. Diversos países da Europa, Estados Unidos e até a África adotaram o medicamento como protocolo de tratamento", afirma Dr. Cármino Antonio de Souza, hematologista e professor titular de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp.No Brasil, segundo os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2004, foram computadas mais de 3 mil mortes no País devido aos cânceres do sistema linfático.Incidência"Devido a esses números de mortes e com a incidência cada vez maior no Brasil, é importante que as autoridades federais dêem a devida atenção ao tratamento do linfoma, uma vez que sabemos que a cura é possível em grande parte dos casos", completa Dr. Cármino Antonio de Souza."A causa da maioria dos linfomas é desconhecida. No entanto, alguns linfomas podem estar relacionados com exposição a determinados agentes tóxicos, infecções virais (como o vírus Epstein-Barr), algumas bactérias (como o H. pylori) e situações de imunossupressão (como é o caso da AIDS)", informa o presidente da ABHH.Ainda sem explicação muito clara, a incidência dos linfomas nos países ocidentais aumentou nas últimas décadas, na proporção de cerca de 4% ao ano. Tais números mostram a importância epidemiológica da doença, que só é superada em frequência pelos cânceres de próstata, mama, pulmão e do tubo digestivo.FIQUE POR DENTROA complexidade da rede que compõe o sistema linfáticoO sistema linfático é uma rede complexa distribuída no corpo que interliga os órgãos linfóides, um importante componente do sistema imunológico. Os linfonodos (gânglios linfáticos ou ínguas), são órgãos linfóides compostos por estruturas organizadas de células, chamadas de linfócitos, especializadas na defesa do organismo.Os linfomas são cânceres dos linfócitos. São muitos os tipos de linfócitos; e vários e diferentes tipos de linfomas. Hoje são descritos cerca de 60 diferentes cânceres (no seu conjunto são chamados de linfomas). Como os linfócitos podem ser encontrados em qualquer parte do corpo, os linfomas também podem começar em qualquer região. No entanto, a manifestação mais frequente é a de aumento do tamanho destas estruturas chamadas de linfonodos. Assim, na maioria das vezes o paciente apresenta nódulos na região lateral do pescoço, nas axilas ou na virilha. Normalmente são indolores, diferente do que ocorre quando o aumento dos gânglios linfáticos é determinado por um processo infeccioso, sendo frequente dor no local.MAB THERA 1,5 milhão de pacientes já foram tratados com o MabThera em todo o mundo. Lançada há 10 anos, a droga tem proporcionado benefícios para os pacientes com linfoma de células B .

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